OTAN diz que China “aumenta arsenal nuclear sem qualquer transparência”

Atualizado em 18 de abril de 2023 às 17:54
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Foto: Omar Havana

Publicado originalmente no “Mundo ao Minuto”

“A OTAN […] vai ser uma aliança nuclear enquanto houver ameaças nucleares”, sustentou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por videoconferência, no arranque da 18.ª Conferência Anual da OTAN sobre o Controlo de Armas, Desarmamento e a Não-proliferação de Armas de Destruição Maciça.

Jens Stoltenberg considerou que, no imediato, a Rússia é a principal ameaça dos 31 Estados-membros que compõem a OTAN e que a invasão à Ucrânia, há mais de um ano, “faz parte de um longo padrão de comportamentos agressivos” por parte de Moscovo.

O aumento da “retórica nuclear provocadora” — “ignorando, violando e abandonando a maior parte dos acordos de não-proliferação que mantinham o mundo seguro” — faz parte de uma estratégia da Rússia para “impedir os aliados da OTAN de ajudar a Ucrânia”, completou Stoltenberg.

Contudo, Moscovo não é a única preocupação: “A China está a aumentar o seu arsenal nuclear sem qualquer transparência.”

O secretário-geral da Aliança Atlântica nomeou os quatro países cuja proliferação nuclear mais preocupa os Estados-membros e o mundo: China, Rússia, Irão e Coreia do Norte.

O propósito, acrescentou, deveria ser um compromisso de desnuclearização e um caminho para uma paz duradoura e, na ótica do secretário-geral, a OTAN “desempenha um papel importante nesse esforço”.

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