VÍDEO: ‘Quem não fala em paz contribui para a guerra’, diz Lula sobre conflito na Ucrânia

Atualizado em 22 de abril de 2023 às 10:28
Lula com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo – Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã deste sábado (22), que quem “não fala em paz contribui para a guerra”. A declaração foi feita após o encontro com o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lisboa.

O chefe do Executivo foi questionado por uma jornalista portuguesa se ainda mantinha a mesma posição sobre a União Europeia estar contribuindo para a guerra.

“Veja, se você não fala em paz, você contribui para a guerra. Eu vou te contar um caso: o chanceler Olaf Scholz foi ao Brasil e foi pedir para que o Brasil vendesse os mísseis para que ele doasse à Ucrânia. O Brasil se recusou a vender os mísseis, porque se a gente vendesse os mísseis e esses mísseis fossem doados à Ucrânia e esses mísseis fossem utilizados e morresse um russo a culpa seria do Brasil”, disse Lula. “O Brasil estaria na guerra. E o Brasil não quer participar da guerra. O Brasil quer construir a paz”.

Lula e Janja com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo – Foto: Ricardo Stuckert

O petista ainda disse que condena invasão da Ucrânia pela Rússia. O mandatário defendeu uma solução “política e negociada” para a guerra no leste europeu.

“O meu governo condena a violação à integridade territorial da Ucrânia. Defendemos uma solução política e negociada para o conflito. Precisamos criar um grupo de países que se sentem a mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz”, destacou.

“Eu nunca igualei Rússia e Ucrânia. Eu sei o que é invasão e o que é integridade territorial. Mas agora a guerra já começou e alguém precisa falar em paz”.

Lula ressaltou que tanto Brasil quanto Portugal “são democracias ameaçadas pelo extremismo”. “Somos duas democracias ameaçadas pelo extremismo da política alimentada por notícias falsas”, disse. “É quase como fazer política no submundo”.

Ele também comparou o comportamento da extrema direita ao fascismo. “Vocês acompanharam as últimas eleições no Brasil, viram o que aconteceu. Quando se começa a negar a política, o que vem depois é sempre muito pior. A extrema direita de direita ideológica não tem nada, tem muito de fascismo.”

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