Apenas 17% do público-alvo foi vacinado com a vacina bivalente contra a Covid-19, informou o Ministério da Saúde, que pretende alcançar pelo menos 90% desta parcela da população, representando 55 milhões de pessoas. A campanha começou há dois meses, em 27 de fevereiro, e até a última quinta-feira (20), apenas 9,7 milhões de doses foram aplicadas. A informação é de Carlos Madeiro, no uol.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, colocou a vacinação como prioridade nos primeiros 100 dias de mandato, e o resultado causou frustração no governo federal. A intenção era imunizar os seguintes grupos:
- Idosos de 60 anos ou mais;
- Indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
- Gestantes e puérperas;
- Trabalhadores da área da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Presos e adolescentes em medidas socioedicativas;
- Funcionários do sistema prisional.
Inicialmente, os planos do Ministério era separar os grupos em cinco fases, mas com a baixa adesão, a campanha vale para todos. Segundo o órgão, o movimento anti vacina contribui para impedir que a meta seja alcançada. Os grupos conhecidos como “antivax” ganharam força durante o governo de Jair Bolsonaro no início da pandemia, e outras imunizações são prejudicadas no Brasil.
No Brasil ainda há um relevante número de óbitos por dia devido à Covid-19: são 43 mortes por dia, em média, segundo os dados dos cartórios de registro civil, totalizando mais de 4,7 mil pessoas só em 2023. Mais de 80% das vítimas têm 60 anos ou mais.
A Região Norte continua sendo o maior desafio para a vacinação. A principal alegação é que a distância entre a população e os locais de atendimento dificultam a ida.
Outra questão levantada é a dificuldade de conexão de algumas áreas, o que atrasa o registro dos dados de vacinação no sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI).