Cappelli diz que investigações do 8 de janeiro podem incriminar general Heleno

Atualizado em 22 de abril de 2023 às 22:37
Ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli. Foto: Reprodução

O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, afirmou neste sábado (22) que as investigações da Polícia Federal (PF) “muito possivelmente” indicarão que o general Augusto Heleno teve alguma participação nos atos de 8 de janeiro. A declaração ocorreu durante entrevista ao Congresso em Foco.

Para Cappelli, o “desaparecimento” do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é suspeito. “Um homem público, ministro de Estado, que sai das eleições e desaparece. Quem explica o sumiço dele? Onde é que está a valentia do general Heleno? Acho que o desaparecimento dele fala por si”, questionou.

“Acho que quem se esconde teme a verdade, essa é minha opinião. O general Heleno está escondido. Onde? Quem consegue falar com ele? Todo dia recebo jornalistas que dizem que ele não recebe ninguém, não fala com ninguém. Por que o general Heleno se escondeu? Cadê a valentia dele?”, acrescentou.

O ministro também falou sobre o “desaparecimento” dos generais Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, e Luiz Eduardo Ramos, ex-secretário-geral da Presidência da República.

“Pergunta a algum jornalista que se relaciona com eles se consegue falar com eles. Pega alguma declaração deles. Desapareceram! Por quê? Cadê a valentia deles? Contra as instituições, contra o Brasil! Mas é coerente, né? Coerente com a covardia do chefe deles, que perdeu a eleição e foi se esconder nos Estados Unidos”, disse.

General Augusto Heleno. Foto: Reprodução

Ainda na entrevista, Cappelli elogiou o general Gonçalves Dias, que se demitiu da chefia do órgão na última quarta-feira (19). O ministro interino afirmou que as imagens, divulgadas pela CNN Brasil, são uma “clara tentativa de atacar o general” e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O general Gonçalves Dias é um servidor exemplar do Exército brasileiro, com décadas de serviços prestados ao país. O que aconteceu foi que vazaram imagens e fizeram uma edição, inclusive borrando o rosto dos demais servidores que apareciam na imagem, com a clara tentativa de atacar o general e, por conseguinte, atacar o governo do presidente Lula”, declarou.

Segundo Ricardo, “há uma tentativa de reescrever a história, como se fosse possível refazer fatos que são de conhecimento de toda a população brasileira”.

“O que aconteceu no dia 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe comandada por extremistas que se recusam a aceitar o resultado legítimo e democrático do povo brasileiro, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República pela terceira vez”, afirmou.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link