O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, nesta terça-feira (25), que o combate à inflação é o maior instrumento social que existe hoje. Ele também disse que o atual nível de juros no país é compatível com o problema inflacionário corrente.
Campos Neto disse que a autarquia faz trabalho técnico com quadro altamente capacitado e busca cumprir seu mandato com o menor custo possível para a sociedade.
“O Banco Central tem horizonte de atuação técnico que difere por muitas vezes do ciclo político, mas que maximiza o resultado para a sociedade no longo prazo”, disse o presidente do BC durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Ele ressaltou que a autarquia observa inflação corrente, o hiato do produto e as expectativas de inflação para definir a taxa básica de juros.
Campos Neto ainda afirmou que as expectativas dos agentes para a inflação, que segundo ele estão piorando há 14 semanas, são muito importantes e é preciso ter certeza de que elas estão ancoradas.
Ele também acrescentou que a situação fiscal do país influencia a atuação do Banco Central ao impactar o canal das expectativas. Vale destacar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma série de críticas ao BC e questionou o sistema de metas para a inflação.