O ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma estratégia para evitar desgastes com a CPMI dos atos golpistas. Sua ideia é indicar dois filhos para compor o colegiado: o deputado Eduardo (PL-SP) para uma das três cadeiras que o PL terá na comissão e Flávio (PL-RJ) entre as duas vagas do Senado Federal. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.
O plano inicial do partido era escalar os bolsonaristas Magno malta (PL-ES) e Jorge Seif (PL-SC), mas o ex-presidente está convencido de que precisará do Zero Um e do Zero Três para protegê-lo no colegiado.
Além de Flávio e Eduardo, o PL também deve escalar o deputado Alexandre Ramagem (RJ), ex-Abin (Agência Brasileira de Inteligência), e André Fernandes (CE), autor do requerimento.
Bolsonaro tem coordenado a instalação da CPMI junto de aliados. A ideia é culpar o governo Lula pelo episódio, que ele chama de “armadilha feita pela esquerda”.
Parlamentares governistas, entretanto, têm outra ideia para o colegiado. Eles disputam cargos-chave na comissão junto dos aliados do ex-presidente e querem usar a apuração para convocá-lo. Os aliados do governo Lula querem Renan Calheiros (MDB-AL) como relator do grupo.