8 de janeiro: Relatório desmente versão do ex-chefe do GSI sobre “apagão” na inteligência

Atualizado em 25 de abril de 2023 às 18:04
General Gonçalves Dias no Palácio do Planalto durante atos de 8 de janeiro. Foto: Reprodução

Ao contrário do que foi alegado pelo ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias à Polícia Federal, o Sistema Brasileiro de Inteligência enviou um relatório afirmando que havia “risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades” no dia 6 de janeiro. A informação é do blog do Octavio Guedes no g1.

O informe ainda sinalizava que bolsonaristas estavam organizando caravanas para Brasília e que eles tinham “acesso a armas e a intenção manifesta de invadir o Congresso Nacional”. Em depoimento à PF, Dias afirmou que houve um “apagão” no sistema de inteligência nas vésperas da invasão.

O relatório está no cofre da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional e desmente a declaração de GDias sobre a suposta omissão na tentativa de golpe. O documento está em um cofre com selo de reservado e teve o sigilo decretado pelo próprio GSI.

O informe foi difundido no dia 6 de janeiro para 48 órgãos governamentais, incluindo o Exército, a Polícia Federal, o Ministério da Justiça e o próprio GSI. Esperidião Amin (PP-SC) solicitou o levantamento de sigilo sobre o relatório

O depoimento do ex-chefe do GSI ocorreu na última sexta (21) e durou mais de quatro horas. O general alegou que não sabia qual era a classificação de risco dada pelas autoridades na ocasião e que não podia prender os invasores do Planalto sozinho.

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