Nesta quarta-feira (26), a Polícia Federal interrogará o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito das suspeitas de que ele tenha participado dos ataques aos prédios dos Três Poderes da República em 8 de janeiro, seja como instigador ou autor intelectual dos atos golpistas.
A oitiva foi agendada pela Polícia Federal a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do Inquérito (INQ) 4921, que foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro entende que o ato é “indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados”, já que antigo mandatário se tornou um dos alvos do inquérito depois de compartilhar, em 10 de janeiro, uma publicação que questionava a regularidade das eleições.
Ainda que o derrotado tenha apagado a postagem no mesmo dia, a PGR acusou o ex-presidente de incitar a perpetração de crimes contra o Estado de Direito ao propagar o vídeo.
Embora a PGR tenha apresentado o pedido para que o ex-capitão prestasse depoimento poucos dias após os atos, o ministro ainda não havia apreciado o pedido, pois o ex-presidente estava fora do país desde 30 de dezembro. Com seu retorno em 30 de março, a audiência foi finalmente marcada.
Bolsonaro agora é um dos investigados no inquérito que apura a invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF, com depredação do patrimônio público, no início de janeiro.