O cartão de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) foi adulterado com a ajuda de aliados e auxiliares às vésperas de sua viagem para os Estados Unidos, no fim de seu mandato, e tinha como objetivo evitar empecilhos para a entrada do ex-presidente no país, segundo a coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Investigações da Polícia Federal apontam que os dados do cartão de vacinação de Bolsonaro, de sua filha de 12 anos, Laura Bolsonaro, do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, sua esposa e filha foram forjados.
O registro falso de vacinação de Bolsonaro e de Laura foi incluído no sistema eletrônico do SUS no dia 21 de dezembro de 2022, a pouco mais de uma semana do término do mandato dele, de acordo com a apuração da PF.
Os dados foram apagados seis dias depois, no dia 27, apenas três dias antes do então presidente, Michelle e Laura decolarem rumo à Flórida no avião presidencial. Entre os assessores que os acompanhavam estava Mauro Cid, preso nesta quarta-feira (3) pela PF, no âmbito do inquérito das milícias digitais, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois que o cartão de vacinação foi registrado e se tornou oficial, o grupo que falsificou os cartões baixou os arquivos, imprimiu os documentos e os apagou do sistema. Assim, os registros de vacinação não poderiam ser encontrados no sistema eletrônico.