A Procuradoria-Geral da República foi contra a operação de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, mesmo assim mantida pelo ministro Alexandre de Moraes.
A PGR entendeu que o ex-ajudante de ordens Mauro Cid “teria arquitetado e capitaneado toda a ação criminosa, à revelia, sem o conhecimento e sem a anuência do ex-presidente”.
Mauro Cid teria orientado a fraude no registro da vacinação de Bolsonaro e da filha sem que o sujeito soubesse de nada. Só para tentar ajudar.
Coitado do coronel Mauro Cid. O militar tinha apenas US$ 35 mil em casa, apreendidos pela Polícia Federal.
Qualquer amigo de Bolsonaro tem sempre mais de US$ 200 mil.
O interessante é que eles se dizem nacionalistas, mas se protegem em dólares.
Nacionalista mesmo é o Geddel Vieira Lima, que tinha R$ 51 milhões num apartamento alugado só para guardar dinheiro. Tudo em reais.
Além dos dólares, a PF encontrou certificados de vacinação falsos com os nomes do coronel e de seus familiares. O homem guardava a prova do crime em casa.
Pois o coronel Mauro Cid já está sendo preparado, até pela alegação da PGR, para assumir a bronca sozinho.
Um coronel com uma bonita carreira no Exército está preso, enredado numa fraude provocada por um tenente considerado terrorista pelas próprias Forças Armadas.
Junta-se a Anderson Torres, o guardião da minuta do golpe, aos manés que invadiram Brasília e ao ex-deputado Daniel Silveira.
Um coronel preso, não por participação num golpe, mas numa fraude. Se pelo menos fosse por uma ação golpista.
Bolsonaro vai empurrando seus subalternos para a cadeia. Mas e os generais? Como ficam agora os generais?
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