As duas falsas doses da vacina Pfizer do ex-presidente Jair Bolsonaro foram registradas no mesmo dia, com um intervalo de 37 segundos entre elas. A primeira foi registrada em 13 de agosto de 2022 e a segunda, 14 de outubro do mesmo ano, mas elas só foram informadas ao Ministério da Saúde em 21 de dezembro. A informação é do jornal O Globo.
A investigação da Polícia Federal identificou que a primeira entrou no sistema às 18h59min49s e a segunda, às 19h00h26s. As informações sobre vacinação costumam ser comunicadas de “forma imediata”, segundo a corporação, e a distância entre as datas de imunização e de registro no sistema causaram “estranheza”.
A PF ainda diz que o “lapso temporal” entre a falsa vacinação e a inserção dos registro no sistema da Saúde é um indício de fraude no caso. A mesma coisa ocorreu com João Carlos Brecha, secretário de governo de Duque de Caxias (RJ): seus registros de vacinação ocorreram nos dias 21 e 22 de dezembro de 2022, cerca de dois a cinco meses após a imunização.
Já Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente, teve os dados incluídos no mesmo dia do pai, mas em horários diferentes: 19h05min22s e 23h11min58s.