Quem é Sergio Pacheco, bolsonarista fornecedor de armas para o crime organizado preso

Atualizado em 7 de maio de 2023 às 14:36
Sérgio Pacheco da Silva e Eduardo Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

“Na guerra contra o desarmamento”, postou Sergio Pacheco ao lado do Major Olímpio, antes do senador morrer em decorrência da Covid-19. De fato, o comerciante de Carapicuíba, em São Paulo, trabalhou muito para aumentar a circulação de armas no Brasil.

Além de ser proprietário da SP Guns, uma loja e clube de tiros na região metropolitana de São Paulo, Pacheco foi preso pelo grande repasse de armas para uma organização criminosa responsável por roubos de banco e pelo controle de rotas do tráfico de drogas em três estados do Nordeste.

Nas redes sociais, o Clube auxiliava interessados em ter armas como atiradores ou colecionadores (CACs) na documentação necessária para comprar os armamentos de forma legal. Para a Polícia Federal, tudo não passava de fachada para encobrir os crimes.

Pacheco entrou na mira da Polícia Federal depois da prisão de Antônio Arcênio de Andrade Neto, o De Menor, apontado como um dos maiores traficantes da Paraíba. Com o acusado por explodir um presídio paraibano e fugir com outros 91 detentos em setembro de 2018, os investigadores monitoraram ligações, e-mails e mensagens que concluíram que suas armas vinham de São Paulo, mais precisamente do bolsonarista Sergio Pacheco.

Com muita proximidade entre o vendedor de armas e o traficante, o paulista separava armas pessoalmente para De Menor. Após enviar uma foto de uma pistola tcheca CZ 9mm, Pacheco escreveu: “a sua”.

As vendas eram feitas por meio de laranjas. A investigação aponta que cerca de R$ 381 mil foram depositados por pessoas próximas ao traficante na conta do bolsonarista. Para a PF, o valor é referente à compra de armas pela quadrilha. Preso em março passado durante a Operação Desmonte, Pacheco diz que é inocente.

Apoiador de Jair Bolsonaro, em seu perfil pessoal Sergio Pacheco também tem foto com Eduardo Bolsonaro.

Conversa entre Sergio Pacheco e o traficante De Menor. Foto: reprodução

 

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