China quer reaproximação com os EUA após “palavras e ações errôneas”, diz chanceler

Atualizado em 8 de maio de 2023 às 14:03
Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Joe Biden. Foto: Saul Loeb/AFP

Qin Gang, ministro das Relações Exteriores da China, afirmou que é necessário retomar a relação com os Estados Unidos após uma série de “palavras e ações errôneas” causarem distanciamento entre os países. Em reunião com Nicholas Burns, embaixador americano, ele disse que o governo americano precisa mudar sua postura com a questão de Taiwan. A informação é da Reuters.

As duas nações tiveram um distanciamento após a visita oficial de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara americana, a Taiwan, ilha que é reivindicada pela China como parte do seu território. Na ocasião, Pequim cortou os canais formais de comunicação com os EUA, incluindo o das Forças Armadas.

“A prioridade máxima é estabilizar as relações sino-americanas, evitar uma espiral descendente e evitar quaisquer acidentes entre a China e os Estados Unidos”, afirmou Qin a Burns, segundo o Ministério das Relações Exteriores da China.

Ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang. Foto: AFP

A tensão entre China e EUA diminuiu após o encontro de Joe Biden e Xi Jinping na cúpula do G20 na Indonésia. Pouco tempo depois, no entanto, a relação voltou a ficar instável, quando um balão chinês apareceu no espaço aéreo americano e causou o cancelamento da visita de Antony Blinken, Secretário de Estado, a Pequim.

“Uma série de palavras e ações errôneas dos Estados Unidos desde então prejudicou o impulso positivo conquistado a duras penas nas relações sino-americanas”, afirma Qin. Ele diz que a agenda de diálogos entre EUA e China “foi interrompida”.

O chanceler chinês ainda enfatizou que, em seu encontro com Burns, enfatizou “a necessidade de estabilizar os laços e expandir a comunicação de alto nível”.

Na última semana, Blinken, em entrevista ao Washington Post, afirmou que seria importante reestabelecer as linhas regulares de comunicação com a China. John Kerry, enviado dos Estados Unidos para o clima, disse que o país o convidou para uma visita para discutir como evitar uma crise climática global.

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