Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o coronel Mauro Cid, entregou, durante as buscas da Polícia Federal (PF), seu celular pessoal. No entanto, o bolsonarista tinha um segundo aparelho, e este, preocupa o circulo do ex-capitão.
De acordo com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o militar usou, ao longo dos quatro anos do governo Bolsonaro, um outro celular pelo qual se comunicava com a maioria dos integrantes do governo e pessoas que buscavam o ex-mandatário. Ele diz ter entregue o aparelho ao fim do mandato.
A preocupação de aliados do ex-chefe do Executivo é de que a PF tenha acesso as nuvens de dados incluídas do aparelho funcional do ex-ajudante de ordens. Vale destacar que foi com base em informações desse tipo que a PF deflagrou a operação sobre fraude nos certificado de vacinas.
Poucos dias antes de ser preso, o militar costumava repetir que, nos últimos quatro anos, não trocou seu telefone pessoal. Para alguns aliados de Bolsonaro, a afirmação era vista como ameaça. Outros, entretanto, avaliavam como uma tentativa de Cid “mostrar que não tinha nada a temer”.
Na última quarta-feira (3), Cid e mais cinco pessoas ligadas a Bolsonaro foram presas pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de participação em uma organização criminosa que tinha o objetivo de adulterar os dados de vacinação do ex-mandatário.