O empresário bolsonarista Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju, no Mato Grosso do Sul, é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão que a Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (11), na 11ª fase da Operação Lesa Pátria.
Essa fase da operação tem o objetivo de identificar os suspeitos que financiaram e fomentaram os atos terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Segundo a PF, ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Todos eles foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Adoilto Fernandes já constava como suposto financiador dos atos terroristas em uma lista divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU) em fevereiro. Além dele, mais 52 pessoas físicas e sete jurídicas tiveram os bens bloqueados a pedido da AGU na época.
O apoiador do ex-capitão é dono de uma loja de materiais de construção em Maracaju. Além de atuar como empresário, o financiador dos atos antidemocráticos na capital federal é 2º secretário da Associação Empresarial da cidade.
Vale destacar que, após a divulgação dos nomes dos financiadores, o bolsonarista publicou uma nota negando que esteve em Brasília naquela ocasião. Adoilto alegou que o material divulgado incluindo seu nome se tratava de “levantamentos preliminares, sem nenhuma certeza”.
“Portanto, esclareço que não participei e tampouco financiei o acontecido em Brasília no dia 08/01 e que, por ocasião do contraditório e do devido processo legal, caso seja instaurado qualquer investigação ou ação, tudo será devidamente comprovado e esclarecido”, afirmou na época.