A parte oeste da Caatinga, na fronteira com o Cerrado, está sofrendo com um acelerado desmatamento, segundo um estudo do MapBiomas, que desenvolveu mapas de médias de temperaturas entre 1985 e 2021 na região. Com informações da coluna de Carlos Madeiro, do UOL.
Como consequência, o semiárido perde parte do seu bioma e fica ainda mais quente.
Esse território tem sido buscado pela agropecuária como zona de expansão do Matopiba – área do cerrado dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Esse tipo de vegetação adaptada ao clima seco sofre os impactos de queimadas e degradação na região de transição para o cerrado.
Além do agro, há também usinas e pecuária. O desmatamento ocorre com a instalação de usinas de energia solar ou eólica e as cada vez mais frequentes grandes plantações e criação de gado na Caatinga.
Os estados mais afetados pelo aumento de temperatura são Bahia e Piauí, que têm a maior fronteira com o Cerrado.
Essa área tem passado por processos mais intensos de queimada, segundo pesquisadores. O fogo é justamente parte do processo de desmatamento para a preparação de terrenos para outros usos.
“Além disso, temos também a ação de vandalismo e a disputa fundiária que causam queimadas”, disse Galano Duverger, pesquisador do MapBiomas e da empresa Geodatin.