Dos sete ministros da Corte que votaram pela cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), três deles foram indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
São eles os ministros Sérgio Banhos, nomeado em 2019; Nunes Marques, indicado em 2020; e Carlos Horbach, indicado em 2021. Os demais ministros são Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, relator da ação, Raul Araújo e Alexandre de Moraes.
Cármem Lúcia, Benedito e Araújo foram indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em governos anteriores do petista. Moraes é o único indicado pelo ex-presidente Michel Temer.
A ação que levou a cassação, por unanimidade do registro, candidatura e consequentemente do mandato de Deltan, é decorrente de uma representação da Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e do Partido da Mobilização Nacional (PMN).
No processo, foi alegado que o ex-procurador da Operação Lava Jato não poderia ter deixado a carreira de Procurador da República para entrar na política pois possuía pendências relacionadas a sindicâncias, reclamações disciplinares e pedidos de providências e Processo Administrativo Disciplinar (PAD).