A Polícia Federal está realizando uma força-tarefa para analisar as investigações dos assassinatos da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. Durante a operação, a PF encontrou indícios de que a Polícia Civil do estado carioca teria cometido crimes na condução do inquérito.
Até 2022, as investigações sobre o caso eram restritas no Rio de Janeiro, mas, desde março de 2023, a Polícia Federal está monitorando o andamento do caso a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Para a PF, a apuração mostra que alguns dos policiais civis que participaram das investigações do caso fizeram manobras no inquérito para conduzir a operação para caminhos sem saída e induzir as buscas pelos responsáveis ao erro.
Desde 2018, o caso Marielle já esteve na mão de cinco delegados diferentes na Polícia Civil e três equipes ao todo já foram responsáveis pelas investigações.
Os delegados Giniton Lages, Daniel Rosa, Moisés Santana, Henrique Damasceno antecederam Alexandre Herdy nas investigações, que está no caso desde fevereiro de 2022.
Também de olho no caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) considera que o Google cria “dificuldades” e atua para “prejudicar” as investigações. O MP avaliou que o Brasil pode virar o “paraíso do crime” caso o STF não obrigue a empresa a disponibilizar informações sobre pesquisas relacionadas a Marielle e sua agenda nos dias que antecederam o crime, em março de 2018.