A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) recebeu diagnóstico de covid-19 na última segunda-feira (15), dia em que foi internada no hospital DF Star, em Brasília.
Num vídeo, ela declarou que sentiu um “mal-estar súbito” após retornar de viagem da Coreia do Sul.
“A deputada Carla Zambelli não tomou vacina contra a Covid-19 por recomendação médica e, nos últimos anos, a parlamentar manteve sua imunidade em níveis elevados”, diz sua assessoria.
Em novembro, após suspensão judicial de suas redes sociais, Zambelli viajou aos Estados Unidos para “estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”.
Mentira. Estava com medo de ser presa.
A questão, agora, é a seguinte: como Carla Zambelli entrou nos Estados Unidos sem estar vacinada contra covid? Até 11 de maio de 2023, os cidadãos não americanos precisavam provar que estavam totalmente vacinados antes de viajar de avião para os EUA.
Será que ela, na verdade, foi vacinada? Ou utilizou um cartão de vacinação falsificado, emitido pela gangue de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro?
Se foi isso, é cadeia. Cid está preso por chefiar um esquema de fraude nos cartões. Os registros teriam beneficiado o então presidente Bolsonaro e a filha Laura, além de Cid e familiares.
Segundo a PF, comprovantes de que eles tomaram a vacina foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do Ministério da Saúde, com base em informações falsas. Em seguida, o registro foi apagado.
Tudo isso ocorreu no fim de dezembro, poucos dias antes de Bolsonaro, a filha e pessoas próximas terem viajado para Orlando, na Flórida. A Polícia Federal crê que as informações falsas tenham sido inseridas para beneficiar Bolsonaro e a família e facilitar a entrada nos EUA.
Estará Zambelli no rolo?