Prévia da inflação, IPCA-15 volta a desacelerar em maio e cai para 0,51%, diz IBGE

Atualizado em 25 de maio de 2023 às 12:14
Produtos e serviços em alta no mês passado, de acordo com o IBGE: tomate, arroz, gasolina e transporte por aplicativo. (Foto: Reprodução)

O IPCA-15, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, surpreendeu especialistas ficando abaixo do esperado no último balanço. O índice ficou em 0,51% no mês, 0,06 ponto porcentual abaixo da taxa registrada em abril (0,57%), segundo dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com informações do Estadão.

As estimativas dos analistas do mercado apontavam para uma aceleração do IPCA-15, para 0,65%. De acordo com o IBGE, a alta de 0,51% registrada em maio foi a mais branda desde outubro de 2022, ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando houve elevação de 0,16%.

Segundo o levantamento, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. Saúde e cuidados pessoais (1,49%) e Alimentação e bebidas (0,94%) foram os grupos com maior impacto, com 0,20 ponto porcentual cada. Depois vêm os grupos Habitação (alta de 0,43%), que contribuiu com 0,07 ponto porcentual.

Os dois grupos que registraram queda foram Artigos de residência (-0,28%) e Transportes (-0,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Comunicação e o 0,40% de Despesas Pessoais.

Aparelho utilizado para realização de pesquisas por agentes do IBGE, imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução)

Ainda de acordo com a pesquisa, assim como no mês anterior, a alta do grupo Saúde e cuidados pessoais foi puxada pelo aumento nos preços dos produtos farmacêuticos, que foi de cerca de 2,68%, após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, influenciados, principalmente, pelos perfumes (2,21%).

A aceleração de Alimentação e bebidas (de 0,04% em abril para 0,94% em maio), ocorreu devido à alta da alimentação no domicílio (1,02%), que havia recuado em abril (-0,15%).

No grupo Habitação, destaca-se no mês a alta da energia elétrica residencial (0,51%).

Por fim, no setor dos Transportes, a variação negativa foi puxada pela queda de 17,26% nos preços das passagens aéreas, após alta de 11,96% em abril. Nos combustíveis (0,12%), houve queda nos preços do óleo diesel (-2,76%), gás veicular (-0,44%) e gasolina (-0,21%), enquanto o etanol subiu 3,62%.

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