Cid é assunto. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias da hora do almoço. Entrevista com a ex-ministra Ideli Salvatti. Veja o DCMTV.
A Polícia Federal descobriu a existência de um rascunho de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e alguns “estudos” que, de acordo com os investigadores, pareciam destinados a apoiar um possível golpe de estado. A GLO é uma operação militar que permite ao presidente convocar as Forças Armadas em situações de perturbação da ordem pública. O documento estava no celular do ajudantes de ordem de Jair Bolsonaro, o coronel Mauro Cid. Com informações de Malu Gaspar, em O Globo.
O militar compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília na terça-feira (6) para prestar depoimento sobre essas novas evidências, que ainda não foram divulgadas publicamente. O ministro Alexandre de Moraes autorizou seu interrogatório, afirmando que ele “reuniu documentos com o objetivo de obter apoio jurídico e legal para a execução de um golpe de Estado”. Segundo o despacho, o material tratava “da possibilidade de emprego das Forças Armadas em circunstâncias excepcionais, destinadas a garantir o funcionamento independente e harmônico dos poderes da União”.
A Polícia Federal realizou uma busca na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. A intenção era descobrir quem elaborou esses estudos e para quem eles estavam sendo compilados, entre outras questões. Até o momento, não há indícios de que o material tenha sido enviado a Bolsonaro por meio do celular.
Durante o depoimento, a subprocuradora da República, Lindôra Araújo, participou de forma virtual, mas Cid optou por permanecer em silêncio e se recusou a falar. Os documentos apreendidos com Cid estavam em mensagens trocadas com o sargento Luis Marcos dos Reis, que foi preso juntamente com ele no início de maio durante uma operação que investiga fraudes nos cartões de vacinação de várias pessoas, incluindo o ex-presidente e sua filha Laura. Reis deverá ser interrogado pela Polícia Federal na quarta-feira.
Material
O material apreendido durante a operação relacionada aos cartões de vacinação deu origem a uma nova investigação sobre a participação desse mesmo grupo nos preparativos para um golpe de estado. Foi nesse contexto que Cid foi interrogado na terça-feira, 6 de junho.