A mesma juíza que não viu tortura policial no caso do homem que foi amarrado e arrastado no momento de sua prisão, tem um histórico de decisões que podem ser consideradas como elitistas e contrárias às pessoas mais humildes.
Gabriela Marques da Silva Bertoli, juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), em abril deste ano, pediu a prisão preventiva de uma mulher pelo furto de cinco livros infantis. O caso aconteceu no terminal de ônibus do Tatuapé, em São Paulo.
Desempregada, a mulher alegou ter levado os itens para presentear a filha de 14 anos.
Em 2021, Gabriela afrontou uma decisão do STJ ao negar o alvará de soltura do ativista Paulo Galo e determinou a sua a prisão preventiva, por conta do episódio do incêndio na estátua do Borba Gato.
Por outro lado, a magistrada já determinou a exclusão de postagens consideradas ofensivas contra o ex-governador João Doria Jr. Na época, a hashtag #DoriaCorrupto chegou aos trending topics (ranking dos assuntos mais comentados da plataforma).
Também a favor de políticos da direita, o ex-prefeito de Sorocaba, José Crespo, foi beneficiário de uma decisão da juíza contra um internauta que o comparou com o personagem “Louco”, da Turma da Mônica.
Assista abaixo:
Homem é preso, amarrado e arrastado pela PM após furtar bombons
Polícia Militar afirmou que caso será investigado e afastou envolvidos pic.twitter.com/f8a65RyhoQ— AM POST (@portalampost) June 7, 2023