Aos 73 anos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mas, acostumado com a impunidade, ele pretende sair do Brasil para não ir para a cadeia.
Essa não seria a primeira vez que Collor sairia do país para fugir da prisão. Após o seu impeachment, que aconteceu em 1992 e tirou os seus direitos políticos, Collor foi acusado de ser corrupto e mudou-se para Miami alguns anos depois.
Com a popularidade em baixa, pois passou de 71% de aprovação quando assumiu a presidência para 9% quando foi cassado, Collor autoexilou-se no estado da Flórida, nos EUA, assim como o último ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), que também está sob o risco de perder os direitos políticos.
Nos bastidores, as pessoas próximas ao ex-senador alagoano afirmam que ele não aceitará ser preso, afirmando que para atrás das grades não irá. Ele ainda tem esperança de que sua defesa recorra da sentença junto ao STF, mesmo sabendo que a tendência é que a ação será mal-sucedida. Enquanto isso, agirá como for possível para, se for o caso, fugir do Brasil. Com informações do Metrópoles.
Antes de Collor, João Goulart foi o último presidente brasileiro a se exilar, pois foi derrubado pelo golpe militar de 1964. O presidente Lula teve a oportunidade de sair do Brasil, mas não o fez. Mesmo sabendo da perseguição que sofria da Lava-Jato, o petista ficou 580 dias na prisão até o Supremo cancelar a sua condenação.