O general Marcos Amaro, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), irá propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma nova estrutura que dará mais poder à Aeronáutica. Com informações do Estadão.
A ideia de Amaro seria voltada na redistribuição das áreas da segurança presidencial e a entrega da administração de eventos e viagens a um integrante da Força Aérea Brasileira (FAB).
Em entrevista ao Estadão, o general afirmou que o brigadeiro que chegar vai concentrar mais atribuições que o anterior. Completou ainda, dizendo que a medida não aumentará custos, dependerá apenas de remanejamentos.
O GSI, atualmente, tem quatro secretarias. Entre elas está a de Segurança e Coordenação Presidencial (SCP), que agrega os Departamentos de Segurança Presidencial (Dseg) e de Coordenação de Eventos, Viagens e Cerimonial (DCEV).
Com a reformulação, a SPC ficará só com o setor da segurança, o que envolve o serviço para presidente, vice, familiares, palácios e residências oficiais. O outro segmento, que envolve transporte aéreo, passa para um integrante da Força Aérea Brasileira comandar.
A expectativa é de que a proposta para a redistribuição da pasta seja apresentada nos próximos dias ao presidente Lula, a quem caberá o aval.
A ideia já conta com apoio de integrantes da Aeronáutica. Entre os militares, há uma queixa antiga de bastidores sobre a concentração de poder do Exército nas relações com a Presidência da República. Então, se aceitar o plano do general Amaro, tende a ampliar a simpatia entre os integrantes da Força Aérea.
Um modelo similar era adotado no período da ditadura. A Aeronáutica cuidava da gestão e segurança das viagens aéreas. A infantaria da Aeronáutica cuidava da segurança nos terminais usados nessas ocasiões. Fora desse perímetro, o Exército assumia.