O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa de juros após dez altas seguidas. A instituição manteve o referencial em uma faixa de 5% a 5,25% após um ciclo de aumento na taxa, que a elevou ao maior nível desde 2007.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica segue crescendo em ritmo modesto. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”, anunciou o Fed em comunicado.
A decisão está alinhada com estimativas do mercado e reflete os níveis da inflação americana. “Manter o intervalo da meta estável nesta reunião permite ao Comitê avaliar informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, afirma o Fed.
O banco vinha aplicando altas sucessivas na taxa básica de juros para tentar conter a inflação no país. A ideia era dificultar o acesso ao crédito para desaquecer a atividade econômica e incentiva uma queda nos preços.
O Fed pretende aplicar uma política monetária para reduzir a inflação a 2%, marca que não é atingida desde fevereiro de 2021, quando chegou a 1,7%. A inflação tem subido no país depois disso e está na casa dos 5% atualmente.
A decisão da instituição deve ter efeitos no Brasil e refletir na cotação do dólar. As alterações podem ocorrer a longo prazo, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros e podem gerar menor demanda por produtos e serviços brasileiros.