O coronel Jorge Eduardo Naime afirmou que foi expulso do Palácio da Alvorada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante uma manifestação bolsonarista. À CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) Mista do 8 de janeiro, ele disse que o caso em uma data próxima à posse do presidente Lula.
“Eu me desloquei para ver o que estava acontecendo e acessei a área onde todas as pessoas estavam acessando. Eu estava devidamente fardado, com viatura caracterizada, acompanhado de um patrulheiro. Tentei acessar essa área privativa, que tinha sido aberta ao público, para acesso dos manifestantes, e eu fui lá para entender o ânimo desses manifestantes, mas fui impedido pelo GSI de entrar”, relata.
Segundo Naime, a ordem para expulsá-lo teria partido do capitão Romulo Roma Cesar de Albuquerque, que atuava no GSI. Ele ainda diz que também foi hostilizado pelos bolsonaristas que estavam no local. “Eu fui praticamente expulso daquela área de segurança”, afirma.
O coronel ainda alegou que as Forças Armadas limitavam o acesso de policiais a acampamentos bolsonaristas.
“A ação da PM no acampamento sempre foi limitada pelas Forças Armadas. A gente não tinha esse acesso para entrar com policiamento, para efetuar prisão, para retirar ambulante, para poder fazer prisões. A própria Polícia Federal foi tentar cumprir mandados de prisão dentro do acampamento e foi rechaçada pelos manifestantes. Parecia que o próprio Exército estava expulsando a Polícia Federal de dentro do acampamento”, prosseguiu.
Ex-chefe da PM do DF diz que foi expulso do Palácio da Alvorada quando Bolsonaro se encontrou com manifestantes.
"Ação da PM no acampamento sempre foi limitada pelas Forças Armadas", acrescentou Jorge Eduardo Naime na CPMI do dia 8 de Janeiro. pic.twitter.com/UgNZgygKVC
— Metrópoles (@Metropoles) June 26, 2023