Vitor Hugo Souza Rocha é o jovem preso no início deste mês pela Polícia Civil de São Paulo por suspeita de associação criminosa e de armazenar e divulgar pornografia infantil na internet. Vitor utilizava a plataforma ‘Discord’ para atrair as vítimas de seus atos perversos, que em sua maioria, eram menores de idade.
À Justiça, o jovem afirmou que cursava faculdade de direito e recebia até R$ 7 mil por mês trabalhando com o desenvolvimento de games. O interrogatório dele foi gravado em vídeo e, posteriormente, publicado em reportagens. Em um dos arquivos apreendidos pela investigação com imagens das vítimas, Vitor Hugo, que é conhecido como o “Verdadeiro Vitor”, chama as vítimas de “vagabundas estupráveis” no Discord.
Em outros vídeos, o rapaz aparece, dando risada, mostrando a outras pessoas um arquivo identificado como “backup vagabundas estupráveis”. Na pasta em questão, estavam imagens de meninas, menores de idade, nuas e em situação de constrangimento. As fotos eram utilizadas pelos criminosos como forma de extorsão contra as garotas, que eram obrigadas a cometer atos vexatórios e de auto mutilação, sob ameaça de terem suas imagens vazadas na internet.
Vitor tem 21 anos de idade, ele foi detido em flagrante no dia 7 de junho em Bauru, São Paulo. Além dele, outros três jovens, todos adultos, foram presos temporariamente na semana passada por outro caso de violência contra garotas envolvendo o aplicativo Discord. Eles também respondem pelos mesmos crimes de Vitor, mais estupro de vulnerável e ameaça contra meninas menores.
Segundo a investigação, todos os quatro agressores se conheciam, integravam esse grupo virtual e planejavam os crimes na plataforma.
Além de serem obrigadas a enviar os “nudes” ao grupo, as garotas tinham que se cortar para marcar as iniciais dos apelidos dos rapazes na pele. Algumas das vítimas também eram forçadas a ter relações sexuais com os criminosos.
Os abusos sexuais e agressões eram filmados e compartilhados na plataforma. Uma adolescente de 13 anos e outra de 16 acusam os rapazes de estupros. Elas são, respectivamente, de Santa Catarina e São Paulo e tinham ido ao encontro do grupo depois de conhecer seus participantes na rede.