Mônica Bergamo foi atrás de Bolsonaro para a entrevista histórica às vésperas da condenação do sujeito pelo TSE.
Ouviu mais um blefe, de que ele tem uma bala de prata para 2026, mais mentiras, mais ataques ao Judiciário e essa frase:
“Eu sou imbrochável até que se prove o contrário”.
Uma das grandes jornalistas brasileiras esperava fazer a entrevista devastadora ou reveladora ou assustadora antes da morte política do fascista.
Saiu da redação da Folha com a missão de trazer um feito histórico do jornalismo. A entrevista que acabaria com Bolsonaro e a extrema direita.
No fim, ouviu de novo que o sujeito é imbrochável. É a manchete do jornal. Uma manchete velha.
Bolsonaro conseguiu repetir em manchete da Folha que é imbrochável.
O desconforto da Folha com a entrevista fica evidente nas duas versões para a manchete.
A primeira, publicada cedo no site, era essa:
“Bolsonaro diz que é ‘imbrochável’ e que tem bala de prata para 2026”
No final da manhã, a Folha recuou e veio com essa chamada na capa:
“Bolsonaro diz que tem bala de prata para 2026 e que ‘não vai se desesperar’ com TSE”
A chamada foi sendo escondida, até quase desaparecer na capa do jornal.
Publicado no Blog de Moisés Mendes