Com a cassação dos direitos políticos por 8 anos, medida adotada pelo Tribunal Superior Eleitoral nesta sexta, 30, Bolsonaro praticamente dá adeus ao sonho de reocupar a presidência da República.
Saiu barato a se considerar o conjunto da obra.
Sua passagem pelo Palácio do Planalto revela quebras de princípios éticos e legais sem precedentes na história do país.
Desrespeito à Constituição: Durante seu governo, Bolsonaro adotou uma postura de desrespeito às instituições, desconsiderando regras constitucionais e agindo em desacordo com a separação de poderes.
Corrupção: Diversas denúncias de corrupção surgiram ao longo do mandato, com envolvimento de membros do governo e familiares do ex-presidente. O resultado inevitável foi a perda de confiança na sua administração.
Caos na pandemia: O enfrentamento da pandemia da Covid-19, que vitimou mais de 700 mil brasileiros, é revelador da má fé e da incapacidade administrativa do ex-capitão da reserva.
Sua gestão foi marcada pela falta de coordenação, negação da gravidade da doença e promoção de medicamentos sem eficácia comprovada.
Violação dos direitos humanos: Os quatro anos de gestão foram marcados por polêmicas e declarações controversas relacionadas aos direitos humanos.
A postura em relação aos povos indígenas, à comunidade LGBTQ+ e às minorias gerou uma imagem negativa do Brasil e fez do ex-presidente um pária mundial.
Fragilidade econômica: O governo não conseguiu formular e implementar ações estruturais eficazes e enfrentou dificuldades na geração de empregos e no crescimento econômico – o salário mínimo, por exemplo, pela primeira vez neste século viveu um período de estagnação, sem alcançar aumentos reais e comprometendo a qualidade de vida dos trabalhadores de menor renda.
Mal necessário para a elite golpista, em 2018, com Lula preso ilegalmente em Curitiba, o ex-capitão da reserva conseguiu um feito inédito: entrou e saiu da política pela porta dos fundos.