O Foro de São Paulo, alvo frequente de críticas da extrema-direita, vai se reunir em Brasília, a partir desta quinta-feira (29) até domingo. São esperadas mais de 150 delegações de partidos e movimentos de esquerda da América Latina e do Caribe, além de representantes de países de fora da região, como Estados Unidos, Rússia, Belarus, Alemanha, Turquia, Espanha, Portugal, França, Irã e Arábia Saudita.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da cerimônia de abertura do evento, que acontecerá em um hotel da capital.
De acordo com o jornal O Globo, um interlocutor informou que o presidente defenderá o fortalecimento da integração entre os países da região, para o enfrentamento do fascismo e da extrema-direita. Lula também gostaria de uma postura dura do Foro com o regime do nicaraguense Daniel Ortega, acusado de violar os direitos humanos.
O Foro de São Paulo completa 33 anos este ano e seu lema é “integração regional para avançar a soberania latino-americana e caribenha”. O evento servirá como uma espécie de intercâmbio e articulação para debater os desafios e os rumos do continente.
Para a secretária-executiva do Foro de São Paulo, Mônica Valente, é preciso que forças progressistas, populares e de esquerda se reúnam novamente para refletir e debater os desafios da região.
“A integração regional, hoje, da nossa região, da América Latina e Caribe, agora está na ordem do dia. Já esteve na ordem do dia na primeira onda de governos progressistas da nossa região e, agora, volta com bastante força, a partir da eleição do presidente Lula, no Brasil, de Gustavo Petro, na Colômbia, de Alberto Fernández, na Argentina, do [Gabriel] Boric, no Chile, do Luis Arce, na Bolívia, assim como tantos outros”, disse Valente.