No julgamento sobre a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foi o segundo a votar, votou pela improcedência da AIJE e abriu dissidência em relação ao relatório do ministro Benedito Gonçalves.
Com isso, o placar está em 1 a 1. Outros cinco ministros da Corte ainda irão se manifestar. O próximo a votar é o ministro Floriano de Azevedo Marques.
Araújo adotou a tese da defesa de Bolsonaro, que questiona a relevância do documento no caso que trata dos ataques do ex-presidente ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores em julho de 2022.
Em seu voto, Araújo afirmou que a minuta golpista não está relacionada aos fatos que motivaram a ação movida pelo PDT contra o ex-presidente. Ele argumentou que não se sabe sequer quem é o autor do documento, que se trata de um rascunho de um decreto de intervenção do poder Executivo no TSE.
Vale destacar que a inclusão da minuta golpista na ação do PDT foi aprovada por unanimidade no plenário do TSE em fevereiro deste ano, inclusive com o voto de Raul Araújo.
A ação analisa se Bolsonaro cometeu os crimes de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação públicos quando reuniu embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, e falou contra o sistema eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas.
Assista abaixo:
AGORA: Ministro Raul Araújo diverge do relator e vota contra a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/e0rtW0OWq7
— Metrópoles (@Metropoles) June 29, 2023