O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que fez uma defesa enfática de seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, durante depoimento à Polícia Federal, nesta quarta-feira (12), sobre um suposto plano golpista idealizado com senador Marcos do Val (Podemos-ES).
“Cid é filho de um colega da minha turma. A gente sempre trata os filhos de colegas de turma como se nosso filho fosse. O tratamento meu com o Cid sempre foi respeitoso. Ele me serviu muito bem”, afirmou Bolsonaro a jornalistas.
O ex-presidente também falou sobre as mensagens de teor golpista encontradas no celular, além das conversas sobre suposta fraude em sua carteira de vacinação.
“Por que o telefone do Cid tinha tanta coisa? Ele nunca se preocupou em apagar nada. O telefone dele eu chamo de muro das lamentações ou uma caixa postal. Tudo que chegava pra nós, para tratar com o presidente, com os ministros, tudo chegava no telefone do Cid. Acredito que metade ele nem conseguia abrir”, disse o ex-mandatário.
Bolsonaro ainda questionou o teor golpista dos atos de 8 de janeiro. “Se toma poder num domingo? Você tem que mirar cadeira ocupada”, afirmou. “Dizer que o 8 de janeiro teria sido golpista, pelo amor de Deus. Você não vai dar golpe em um domingo, sem canivete, sem arma nenhuma”, declarou.