O hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, disse à Polícia Federal que a frase “publique-se, intime-se e faz o L. Assinado: Alexandre de Moraes” no mandado falso de prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi ideia da deputada Carla Zambelli (PL-SP), segundo informações do G1.
O falso mandado de Moraes foi inserido no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e descoberto em 5 de janeiro.
Segundo o hacker, a criação da falsa ordem de detenção foi uma ideia dele, como uma espécie de alternativa a uma inviável invasão das urnas eletrônicas, que foi o pedido inicial de Zambelli, já que a deputada queria alguma coisa que pudesse mostrar a fragilidade da Justiça brasileira.
Delgatti afirmou à PF que recebeu da parlamentar o texto e que apenas fez correções gramaticais.
No texto atribuído à Zambelli é como se Moraes fizesse uma mea culpa de sua autuação. A multa que Moraes aplica a si mesmo é de “R$ 1,14 bilhão, exatamente o número de urnas impugnadas”.
O valor faz referência a multa aplicada pelo presidente do TSE ao PL, partido de Zambelli, por acionar a Justiça de forma irresponsável ao pedir a verificação das urnas usadas na eleição sem apresentar qualquer prova de fraude.
O magistrado estabeleceu o valor da penalidade em R$ 22,9 milhões, equivalente a 2% do valor das urnas eletrônicas questionadas pela legenda na ação, de R$ 1,14 bilhão.