A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro determinou a quebra de sigilo de empresas ligadas a Daniel Barbosa Cid, irmão de Mauro Cid, considerado um dos “cérebros das milícias digitais” que atuavam em defesa de Jair Bolsonaro nas redes. O requerimento contra ele foi apresentado pela relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Foram aprovados dois temas relacionados ao tema na comissão: no primeiro, a senadora pede à Secretaria da Receita Federal informações acerca da existência de registro de empresas estrangeiras em nome de Daniel Barbosa Cid; no segundo, ela determina que o Banco Central do Brasil encaminhe informações sobre o empresário.
Daniel é do ramo de tecnologia e, segundo a relatora, foi o responsável por milícias digitais que atuaram de maneira irregular em defesa do ex-presidente nas eleições de 2022. Ele atualmente mora nos Estados Unidos e investe na compra de imóveis.
“O irmão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, operou ‘milícia digital’ contra as eleições e disseminou fake news. É necessário saber os negócios que a família tem no exterior para, posteriormente, investigar o caminho do dinheiro que pode levar aos financiadores do golpe tramado”, afirmou Eliziane.
A CPMI ainda aprovou requerimento contra Mauro Cid, que terá o sigilo telemático quebrado após votação do colegiado.