Anderson Torres terá que devolver salários de quando estava preso preventivamente, decide PF

Atualizado em 16 de julho de 2023 às 12:45
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Foto: Reprodução

O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no momento dos ataques de 08 de janeiro, Anderson Torres, terá que devolver salários que recebeu enquanto esteva preso preventivamente. A decisão é da Polícia Federal, pelo fato dele ser delegado de carreira da corporação desde 2003.

A cobrança da PF tem como base uma nota técnica de 2013 do Ministério do Planejamento que prevê que a remuneração de servidores públicos federais seja suspensa em caso de prisão preventiva. As informações são da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

O salário do ex-ministro pelo cargo na Polícia Federal é de cerca de R$ 30 mil, que continuou recebendo mesmo após ser preso. Ele foi detido no dia 14 de janeiro, em investigação que apura suposta omissão dele nas invasões golpistas do dia 8 do mesmo mês.

Torres ficou preso no 19º batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal até 11 de maio, quando foi solto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e passou a usar tornozeleira eletrônica. Além disso, o ex-secretário também enfrenta um processo administrativo interno na PF que deve culminar com a sua expulsão definitiva da corporação.

Golpistas durante atos terroristas, no dia 8 de janeiro, em Brasília. Anderson Torres havia viajado para os Estados Unidos dias antes. Foto: Reprodução
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