O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no momento dos ataques de 08 de janeiro, Anderson Torres, terá que devolver salários que recebeu enquanto esteva preso preventivamente. A decisão é da Polícia Federal, pelo fato dele ser delegado de carreira da corporação desde 2003.
A cobrança da PF tem como base uma nota técnica de 2013 do Ministério do Planejamento que prevê que a remuneração de servidores públicos federais seja suspensa em caso de prisão preventiva. As informações são da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.
O salário do ex-ministro pelo cargo na Polícia Federal é de cerca de R$ 30 mil, que continuou recebendo mesmo após ser preso. Ele foi detido no dia 14 de janeiro, em investigação que apura suposta omissão dele nas invasões golpistas do dia 8 do mesmo mês.
Torres ficou preso no 19º batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal até 11 de maio, quando foi solto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e passou a usar tornozeleira eletrônica. Além disso, o ex-secretário também enfrenta um processo administrativo interno na PF que deve culminar com a sua expulsão definitiva da corporação.