A ex-ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se tornou a aposta de uma ala de políticos evangélicos para disputar as eleições presidenciais de 2026. A campanha de Damares surge após a sentença proferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030.
A entrada de Damares na corrida, no entanto, tem um potencial obstáculo: o atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do mesmo partido da ex-ministra.
Segundo parlamentares, entretanto, o Republicanos não descarta a possibilidade de lançar Damares pela avaliação de que, mesmo que ela não vencesse a disputa presidencial, poderia ajudar a ampliar a bancada evangélica no Congresso.
Damares possui um grande apelo na população evangélica do país que representa mais de 30% dos cidadãos brasileiros.
“É um nome muito bom por conta do currículo que tem junto aos evangélicos, aos cristãos”, disse o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), ex-líder da bancada evangélica, acerca da candidatura de Damares.
“Vários líderes têm falado seu nome pela postura no Senado de muita coerência. Esse e outros itens que acompanham sua trajetória é que nos dão a liberdade de dizer que ela é um nome factível, um nome viável para as próximas eleições.”
Damares protagonizou diversas crises e polêmicas durante sua gestão no comando da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Um dos episódios mais críticos ocorreu em 2020, quando ela liderou um grupo que tentava evitar que uma menina capixaba de dez anos que engravidou após estupro realizasse um aborto legal, ainda que a gravidez colocasse a vida da criança em risco. Mesmo diante do absurdo, ela preferiu manter suas crenças e ideologias a frente da vida da jovem que havia sofrido o crime hediondo.