Governo Bolsonaro teve distorção de R$ 202 bilhões em contas de 5 ministérios, diz CGU

Atualizado em 19 de julho de 2023 às 17:15
Ainda na dúvida sobre Tereza Cristina, Bolsonaro ver outras possibilidades para vice mulher
A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou R$ 202 bilhões em distorções contábeis em cinco ministérios do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foram encontradas inconsistências que impedem a apuração da situação patrimonial, do resultado financeiro e do fluxo de caixa das pastas. A informação é da GloboNews.

As pastas com distorções contábeis são a Agricultura (R$ 142,9 bilhões), Infraestrutura (R$ 20,3 bilhões), Educação (R$ 17,1 bilhões), Saúde (R$ 15,9 bilhões) e Cidadania (R$ 6,3 bilhões).

No caso do MEC, a auditoria mais recente apontou 26 inconformidades que resultaram em R$ 17 bilhões em erros contábeis. Os imóveis usados por entidades vinculadas à pasta foram um dos problemas e representam R$ 1,1 bilhão do valor.

Técnicos também destacaram falhas nos registros de empréstimos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), que apresentou subavaliação dos valores a receber, dos encargos sobre empréstimos e superavaliação de variações monetárias e cambiais, o que somou R$ 782 milhões.

Os números registrados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), responsável por administrar os empréstimos, não corresponderam com os da Caixa e Banco do Brasil, que operacionalizam as transações. No total, foram encontrados R$ 460,5 milhões em encargos e R$ 176 milhões nos saldos dos financiamentos. A CGU também identificou que 3.482 imóveis, 51% do total, não estava com a avaliação patrimonial atualizada.

No Ministério da Agricultura, que apresenta a maior distorção, as inconsistências foram encontradas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O órgão tem um patrimônio avaliado em R$ 124 bilhões em terrenos e glebas, além de R$ 95 bilhões em fazendas, parques e reservas. A controladoria identificou uma defasagem de 63% nos valores de mercado dos imóveis.

O relatório da CGU aponta que há uma série de inconsistências no registro de estoques de medicamentos, vacinas e outros insumos do Ministério da Saúde. A auditoria identificou 21 lançamentos de baixa no estoque que foram contabilizadas como entrada de insumo, o que resultou em uma distorção de R$ 770 milhões.

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