Em reunião com Lula, Nasa oferece uso de satélites para monitoramento da Amazônia

Atualizado em 24 de julho de 2023 às 15:56
Presidente Lula e o diretor da Nasa, Bill Nelson. Foto: Foto: Ricardo Stuckert

O governo dos Estados Unidos ofereceu ao Brasil o uso de três novos satélites que podem ajudar com informações mais detalhadas sobre a situação do desmatamento da Amazônia. A proposta foi feita nesta segunda-feira (24), durante uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o diretor da Nasa, Bill Nelson, em Brasília.

“Nós já mandamos informações dos nossos satélites para ajudar a localizar o desmatamento na Amazônia. Estamos colocando em órbita mais três satélites que vão aumentar a habilidade de detectar a destruição da floresta”, afirmou Nelson.

Um dos novos aparelhos pode ver através da copa das árvores e o outro permite ler a umidade do solo, segundo a agência espacial dos EUA.

“Nós temos instrumentos no espaço que podem identificar doenças e pragas na floresta e isso nos ajuda a prevenir incêndios florestais, outra fonte de destruição da floresta. A discussão foi muito além desses itens, foi muito produtiva para os dois lados. Também teremos reuniões de acompanhamento dos nossos cientistas (dos EUA) com os brasileiros”, disse Nelson.

Desmatamento na Amazônia. Foto: Amazonia Real/ Wikimedia Commons

A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, que participou da reunião, afirmou que a proposta é bem-vinda e será repassada aos cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que vão avaliar a necessidade de o Brasil usar esses novos equipamentos.

“Nossos cientistas vão analisar a necessidade. Tem que ver as possibilidades, o custo”, disse a ministra

Luciana ainda citou a construção do satélite CBERS-6 em parceria com a China, que deve começar este ano. Ele terá a capacidade de ver através das nuvens, o que pode facilitar o acompanhamento do desmatamento. No entanto, a previsão é que o CBERS-6 só fique pronto daqui a cinco anos.

A ministra destacou que o maior interesse do Brasil no momento é que os norte-americanos observem a indústria espacial brasileira. “Nós temos várias empresas da indústria espacial com condições de fornecer equipamentos para a Nasa”, declarou.

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