A Polícia Federal vai oferecer um acordo de delação premiada a Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, pelo ex-policial militar Élcio Queiroz. A ideia dos investigadores é obter informações sobre quem foram os mandantes do atentado. A informação é de Natuza Nery na GloboNews.
A corporação deve oferecer benefícios similares aos do primeiro delator, que se livrou de júri popular e vai obter proteção para sua família. Segundo pessoas envolvidas com a investigação, a possibilidade do acordo surgiu após o cruzamento de informações da confissão de Élcio com provas coletadas anteriormente.
Lessa já havia manifestado interesse em delatar, no início desse ano, junto a membros da Secretaria da Polícia Civil do governo do Rio de Janeiro. Ele teve uma conversa inicial e chegou a prestar informações que envolveriam o caso, mas o acordo não avançou.
Agora, sua situação na investigação piorou. Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no atentado e afirmou que ele usou uma submetralhadora e fez os disparos contra Marielle e Anderson.
O ex-PM ainda citou um outro envolvido no assassinato: Edimilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé. Ele teria sido o responsável por contratar Lessa para matar a vereadora e participado de “campanas” para vigiar os passos de Marielle e preparar o crime. Sargento reformado da PM, ele foi executado em novembro de 2021, no Rio, aos 54 anos.