Caso Marielle: ex-bombeiro preso chegou a movimentar R$ 5,3 milhões

Atualizado em 26 de julho de 2023 às 15:57
Ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, preso na operação Élpis. Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, preso na última segunda-feira (24) por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, chegou a movimentar R$ 5,3 milhões em uma empresa.

Segundo o jornal O Globo, Maxwell se tornou sócio da Rohden Imports, em 2021, e a Polícia Federal suspeita que a empresa foi criada para lavagem de dinheiro, já que em apenas três meses lidou com valores milionários, chegando a R$ 5,3 milhões.

Além disso, cerca de R$ 6,4 milhões foram registrados como entrada e saída nas contas bancárias de Maxwell entre 2019 e 2021, conforme dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O ex-bombeiro foi citado na delação de Élcio de Queiroz como a pessoa responsável pelo monitoramento de Marielle, assassinada em 2018. Ele também teria ajudado a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios que pertenciam a Ronnie Lessa, apontado como o assassino da parlamentar.

Para a PF, o padrão de vida de Maxwell não condiz com o salário oficial de R$ 10 mil dos bombeiros, já que ele utilizava, além das transações bancárias que chegaram a registrar a movimentação de R$ 1,1 milhão, um veículo BMW X6, avaliado em R$ 170 mil, registrado no nome de uma das empresas. As informações foram verificadas pela PF por meio da Operação Submersus, deflagrada em junho de 2020.

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