O ex-presidente Jair Bolsonaro viajará para a posse do presidente eleito da Argentina neste fim de semana e tentará usar a viagem para realizar eventos e se autopromover no país. Além da cerimônia em si, ele terá encontros e entrevistas durante a viagem. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles.
Neste sábado (9), ele terá um encontro com o primeiro-ministro ultranacionalista da Hungria, Viktor Orbán. Ele também dará duas entrevistas a veículos argentinos, sendo uma para um canal de televisão e a outra, para rádio.
Amanhã (8), será estrela de um jantar e coquetel que tem sido promovido pelo seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), junto de deputados brasileiros, em Buenos Aires. O ex-presidente vai viajar ao país com uma comitiva de parlamentares de extrema-direita e governadores, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.
Os advogados de Bolsonaro já comunicaram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que ele ficará temporariamente ausente do país entre os dias 7 e 11 de dezembro. Sua defesa ainda garantiu que ele ficará à disposição da justiça para qualquer convocação após o período.
Foi organizada uma comitiva com 44 parlamentares bolsonaristas para a posse de Milei, que ocorre no domingo (10). Segundo Gustavo Gayer (PL-GO), responsável por organizar a viagem, ao menos 14 deles desistiram e ainda “pode haver mais algumas baixas”.
O ex-presidente foi convidado para participar da posse de Milei logo após o anúncio de sua vitória nas eleições. Sua ida ao evento é um dos motivos pelos quais o presidente Lula não participará na cerimônia. O petista, que foi ofendido pelo político argentino, enviará o chanceler Mauro Vieira em seu lugar.