A campanha de Pacheco para salvar mandato de Moro no TSE

Atualizado em 15 de maio de 2024 às 13:09
Sergio Moro e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O julgamento que pode cassar o mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) está agendado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a próxima quinta-feira (16). Agora, em defesa do ex-juiz da Lava Jato, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entrou em ação buscando influenciar a decisão da Corte.

Segundo informações obtidas pelo jornal O Globo, Pacheco dialogou com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e outros ministros, destacando a importância de respeitar a vontade daqueles que elegeram Moro e alertando para possíveis repercussões negativas em caso de cassação.

O esforço do presidente do Senado em favor do ex-ministro de Bolsonaro coincide com outra movimentação nos bastidores do TSE, relacionada ao senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), cujo julgamento também estava em andamento. O caso de Seif foi temporariamente suspenso após solicitação do relator, ministro Floriano de Azevedo Marques, por novas diligências.

Internamente, a atuação de Pacheco é vista como uma tentativa de apaziguar as relações entre o Senado e o Judiciário, especialmente após o Senado ter avançado em pautas que tangenciavam a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF).

O bolsonarista Jorge Seif e Rodrigo Pacheco. Foto: Agência Senado

Enquanto isso, há expectativa nos bastidores de que o julgamento de Moro não tenha um desfecho rápido, podendo seguir um caminho similar ao caso de Seif, com o pedido para a produção de novas provas.

Na sessão de quinta-feira, está prevista a leitura do relatório pelo ministro Floriano Marques, além das argumentações das partes e a análise do parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que recomendou a manutenção do mandato de Moro. O MPE alega não haver evidências claras de violação das regras eleitorais.

Moro, absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), é acusado pelo PT e pelo PL de abuso de poder econômico e uso de caixa dois durante a pré-campanha de 2022. As acusações se concentram no período em que Moro considerou concorrer à Presidência, quando ainda estava filiado ao Podemos, alegando que sua exposição nacional teria lhe conferido vantagens desleais ao pleito.

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