A Folha de S.Paulo protagonizou um lamentável episódio de irresponsabilidade jornalística ao dar eco a uma declaração grave e sem provas do governador Tarcísio de Freitas, que alega que a facção criminosa PCC teria orientado apoio a Guilherme Boulos na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
É jornalismo de guerra, golpista e canalha, comparável à capa cascateira da Veja do dia 23 de outubro de 2014, três dias antes da eleição presidencial daquele ano, com uma “delação” do doleiro Yousseff feita de encomenda pela Lava Jato.
A chamada era “Eles sabiam de tudo”, com a foto de Dilma e Lula. Dilma foi reeleita e a Veja deu mais um passo em direção ao esgoto, até atingir a irrelevância completa de hoje.
A Folha vai no mesmo caminho. Ao trazer, sem o devido escrutínio, a alegação de Tarcísio, a Folha se torna uma plataforma para a disseminação de uma narrativa que, por sua gravidade, deveria ser tratada com extrema cautela.
A ausência de provas concretas torna o gesto da Folha cúmplice da torpeza bolsonarista de Tarcísio, criando um espaço propício para a difamação de Boulos — que está, corretamente, recorrendo à Justiça.
A ética jornalística exige que as publicações sejam criteriosamente verificadas, especialmente quando se trata de acusações tão graves quanto a de vínculo com uma organização criminosa.
A difusão de tal acusação atinge diretamente o processo democrático, alimentando a desconfiança na política e favorecendo o fascismo. É o mesmo jornal que fez campanha contra Alexandre de Moraes alegando que ele atuou “fora do rito” — uma palhaçada retórica para agradar a extrema-direita.
O jornalismo sério e comprometido deve manter sua integridade como um contraponto à propagação de fake news, não como veículo para a manipulação de mentiras.
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