O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, em reunião com Nicolás Maduro na terça-feira, 29, no Palácio Miraflores, solicitou que o presidente eleito venezuelano divulgasse as atas de votação das eleições deste domingo.
Maduro explicou a Amorim que a divulgação foi atrasada devido a um “ataque hacker” durante a apuração, mas assegurou que as atas seriam publicadas nos próximos dias.
Em live nas redes sociais, Maduro chegou a citar a reunião com Amorim, com quem se dá bem. “Eu dizia hoje a Celso Amorim: há um grupo de opositores que quer uma alternativa democrática, com respeito a instituições. Mas esse grupo (oposição liderada por Maria Corína Machado e González) é radical, fascista. Não é uma oposição democrática”, afirmou ele.
Sem provas, a oposição alega ter evidências robustas de que Edmundo González Urrutia, diplomata aposentado, foi o real vencedor do pleito, em contraste com os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que confirmou a reeleição de Maduro para o mandato de 2025 a 2031.
Nicolás Maduro chama Celso Amorim de ‘amigo’ após encontro em Caracas.
“Hoje cedo eu estava dizendo isso para Celso Amorim, meu amigo, ex-chanceler do Brasil e assessor do presidente Lula”, disse Maduro em transmissão ao vivo no final da noite desta segunda-feira (29).
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— Metrópoles (@Metropoles) July 30, 2024
Durante o encontro, que durou aproximadamente uma hora, Maduro acusou a extrema-direita e os Estados Unidos de financiarem um “golpe” para depô-lo, destacando seu governo desde a morte de Hugo Chávez em 2013.
Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Amorim também conversou com González e ouviu as preocupações da oposição sobre a integridade da eleição, aconselhando prudência para evitar intensificar a crise. Em uma transmissão ao vivo, Maduro mencionou seu encontro com Amorim, descrevendo a oposição liderada por Maria Corína Machado e González como “radical e fascista”, e não como um legítimo movimento democrático.