A chapa Jair Bolsonaro e Janaína Paschoal, a ser anunciada nos próximos dias, é o casamento do golpe com a vontade de matar.
Duas almas gêmeas oriundas da disfunção da democracia brasileira e da ascensão do ódio e do despreparo.
“Se essa dupla acontecer, será para revolucionar o país”, disse Jana, do alto de sua auto desimportância.
“Se essa dupla não consegue mudar o Brasil, ninguém consegue. São duas pessoas de personalidade muito forte. Não conheço ninguém que ame mais o Brasil do que eu”.
O patriotismo, já dizia Samuel Johnson, é o último refúgio do canalha.
A sacerdotisa da República da Cobra encontra seu xamã. Tudo de que precisamos é amor ao Brasil, voluntarismo e “personalidade forte”.
A mídia tenta lidar com seus dois filhos bastardos. Janaína Paschoal brilhou na tela da Globo ao longo da farsa do impeachment.
Surfou no antipetismo mais rasteiro, com um repertório tragicômico e uma presença obsessiva nas redes sociais.
“Com uma base militar na Venezuela, Putin estará a um passo de atacar o Brasil. Estão rindo? Pois eu estou falando sério”, escreveu no Twitter.
Encontra como sócio um sujeito que, num comício, pega uma criança de colo e a ensina a imitar uma arma, para júbilo de uma plateia de desmiolados.
Embora se considere a rainha da cocada fascista, ela é, na verdade, o que restou para JB.
Magno Malta, que é tudo menos bobo, preferiu disputar a reeleição ao Senado.
Depois, tentou-se o general Augusto Heleno, que chegou a aceitar o convite até ser vetado pela direção do PRP.
Essas duas caricaturas grotescas são o nosso novo normal. Bem-vindo à Era do Doutor Bumbum.