A “crise diplomática” se Argentina negar extradição de condenados pelo 8/1, segundo autoridades

Atualizado em 11 de junho de 2024 às 9:43
Manifestante terroristas em Brasília. Foto: Joedson Alves

Autoridades diplomáticas e do Executivo estão preocupadas com a possibilidade de uma crise diplomática sem precedentes entre Brasil e Argentina, caso o governo de Javier Milei negue a extradição de condenados pelos atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

De acordo com um diplomata experiente, os brasileiros que procuram refúgio na Argentina enfrentarão dificuldades para comprovar que são perseguidos politicamente. Se o governo Milei conceder asilo com argumentos inconsistentes, a relação bilateral poderá ser seriamente prejudicada.

A Polícia Federal (PF) tem informações de que alguns dos foragidos solicitaram refúgio ao governo de Javier Milei e que alguns não passaram pelas barreiras migratórias.

Os alvos que não foram localizados terão seus nomes incluídos no Banco Nacional de Mandados de Prisão. Assim, seus nomes serão públicos, e qualquer pessoa que encontrar os foragidos poderá acionar a polícia para realizar a prisão.

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Manifestante terroristas em Brasília. Foto: reprodução

No Ministério da Justiça, responsável por encaminhar formalmente os pedidos de extradição ao Ministério das Relações Exteriores após análise detalhada dos casos, também há preocupações em relação à diplomacia entre os dois países.

Vale destacar que, apesar das declarações feitas por Milei, tanto antes quanto depois de sua eleição, sobre o Brasil, as relações diplomáticas entre os países continuam normalizadas.

Fontes familiarizadas com o caso indicam que os pedidos de refúgio podem ter ultrapassado 100 brasileiros, embora nem todos tenham sido condenados pelos atos terroristas na capital federal. Devido ao sigilo do processo, não está claro quantas solicitações foram feitas até o momento.

Esses pedidos também podem atrasar o processo de extradição, pois precisam ser analisados pela Justiça argentina, o que pode levar meses ou até mais de um ano. Um fator que poderia acelerar o trâmite é a existência de uma ordem de prisão preventiva em aberto.

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