O deboche. A canalhice saltitante. A impunidade. O escárnio.
Carlos Marun comemorou o enterro da segunda denúncia contra Michel Temer da maneira adequada a seu tipo de gente.
Saiu pelo plenário da Câmara cantando “Tudo Está no Seu Lugar”, de Benito Di Paula, dando passinhos de dança.
A história se repete como tragédia e farsa.
Num vídeo que circula pela internet, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro aparece dançando no hospital, saltitante, junto da mulher e da filha.
“Agora é vídeo, pai!”, grita a jovem. “Pega teu amigo, pega teu amigo”.
Ele segura a haste do soro e depois, as mãos livres, faz o sinal de arminha do amigo Jair Bolsonaro.
Não se sabe de quando são as imagens, apenas que são recentes.
Queiroz e familiares faltaram aos depoimentos marcados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para esclarecer a movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão pilhada pelo Coaf.
As faltas foram atribuídas aos problemas de saúde dele. Uma foto foi divulgada dele num leito, prostrado, digno de pena, no caríssimo Einstein, onde ficou internado entre 30 de dezembro a 8 de janeiro.
Submeteu-se a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno no intestino. Avisou que fará sessões de quimioterapia, que poderão durar de três a seis meses.
Toda a turma ficará em São Paulo nesse período. Em entrevista chapa branca ao SBT, Queiroz falou que trabalha com a compra e venda de carros e que os Bolsonaros não tem nada a ver com nada.
O companheiro Jair afirmou que sabia de seus rolos.
A avaliação de pessoas próximas a Queiroz é de que as imagens do sujeito sambando são um “desastre”.
É uma boa definição. Um desastre não apenas referente a ele, mas ao governo de seus chefes.
Em apenas doze dias, estamos diante de uma piada reconhecida internacionalmente. O sambinha de Queiroz é o retrato do Brasil.
De novo, vamolá: tudo está no seu lugar. Graças a Deus.