A diferença entre o ‘Engomadinho’ e o ‘Grande Sujeito’ segundo Fitzgerald

Atualizado em 10 de julho de 2012 às 12:48
Ele era um 'Grande Sujeito'

Este é um texto de minha caçula, Camila Nogueira. Modéstia à parte.

No livro Este Lado do Paraíso, o escritor F.S. Fitzgerald deixou claro que Amory Blaine era seu alter-ego na própria introduçãoem que ele afirma que escrever o livro custou-lhe três meses; concebê-lo, três minutos; e reunir os dados nele utilizados, toda a sua vida.

Sendo assim, podemos ver no personagem o próprio autor – especialmente em suas opiniões e características. Em certo momento, Amory e um amigo decidem diferenciar um “engomadinho” (que segundo eles são fáceis de reconhecer e em geral usam óculos com aro de tartaruga) e “o grande sujeito”, cuja existência é muito mais rara. Amory elabora, então, uma lista para diferenciá-los.

O Engomadinho

1. Senso interesseiro dos valores sociais. Caça status.

2. Veste-se bem. Finge acreditar que a roupa é algo superficial – mas sabe que não é.

3. Participa apenas das atividades em que pode brilhar.

4. Entra para a faculdade e é, em um sentido mundano, bem sucedido.

5. Tem cabelo alisado e lustroso.

 

 

O Grande Sujeito

1. Inclinado à franqueza e indiferente ao status.

2. Acha a roupa superficial e tem inclinação a ser descuidado nesse sentido.

3. Participa de tudo por um senso de dever.

4. Entra para a faculdade e tem um futuro problemático. Sente-se perdido em seu círculo diz sempre que em seu tempo de ginásio era, afinal de contas, mais feliz.

5. Não tem cabelo alisado, tampouco lustroso.