À equipe de transição, Guedes diz que todo ex-presidente fica “sob ameaça de prisão”

Atualizado em 25 de novembro de 2022 às 23:11
Ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Reprodução

Durante primeira reunião com economistas da equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta-feira (24), o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria falado sobre uma possível “ameaça” de prisão de Jair Bolsonaro (PL), após deixar o cargo em janeiro. Com informações da coluna de Bela Megale, do jornal O GLOBO.

De acordo com pessoas presentes no momento, Guedes disse que “não é razoável um país onde todo ex-presidente é ameaçado de prisão”. Em sua fala, Guedes citou “Lula, Temer e, agora, o Bolsonaro”.

O tema foi abordado por Guedes no início do encontro, quando relatou ao ex-ministro Nelson Barbosa, sobre uma das primeiras vezes em que ouviu seu nome, durante um jantar com a então presidente Dilma Rousseff, em 2015.

Durante o relato, o aliado de Bolsonaro disse que deu dois conselhos a Dilma: subscrever o “plano Temer” e pedir ao Legislativo que fizesse uma reforma política. O ministro contou que, no encontro com a petista, apontou que a reforma era necessária, porque o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o então presidente do Senado, Renan Calheiros, eram investigados.

Ao relatar que, naquela época, todos esses nomes estavam sendo ameaçados de prisão, Guedes comparou o cenário com os dias de hoje e disse que “basta virar ex-presidente para ficar sob ameaça de prisão”. O ministro ainda disse que o cenário é “absurdo” e afirmou que há uma “falha sistêmica”.

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