A mídia tem o poder de tornar o seu ano mais feliz ou mais infeliz.
Se você passa a temporada consumindo determinado tipo de notícias e análises, isso vai afetar negativamente seu humor e, em certos casos, até sua saúde mental e física.
Por isso, escolher o que você vai ler, ver ou ouvir na mídia é um ato de enorme importância como resolução de fim de ano.
Conheço muitas pessoas que se autoimpõem um flagelo. No carro, ligam a CBN ou a Jovem Pan, e ficam ouvindo Merval, Sardenberg, Sheherazade e Reinaldo Azevedo.
Na sala de casa, oscilam entre a Globo e a Globonews, e não enfrentam apenas a voz do atraso, mas também o rosto, de William Waack a Jabor.
Diante de tamanha dose de jornalismo enviesado e frequentemente envenenado, essas pessoas se revoltam, e acabam colocando sua raiva e inconformismo para fora, sobretudo nas redes sociais.
A estas pessoas, uma boa notícia: você pode viver perfeitamente sem esse martírio.
Sem zanzar freneticamente entre variadas mídias de índole maligna, você deixa de dar-lhes aquilo de que elas vivem: audiência.
De certas vozes perturbadoras você não pode se livrar: a de um chefe despótico, por exemplo. Mas ninguém obriga você a ouvir Jabor e derivados.
Algumas pessoas, erroneamente, retrucam que você tem que ver o que “eles” estão dizendo.
Não é verdade.
No mundo das redes sociais, o que eles falam ou fazem de extraordinário acaba chegando a você, sem que você tenha que consumir horas de informações e opiniões deletérias.
Ninguém teve que ficar grudado em Sheherazade, por exemplo, para saber, rapidamente, o que ela tinha a dizer sobre justiceiros.
Ninguém também foi obrigado a desperdiçar o domingo no Faustão para saber que Bonner ganhara um prêmio patético das mãos de Fernanda Montenegro.
Agora mesmo: ninguém teve que acompanhar o jornal gaúcho Zero Hora para saber a opinião de um cronista seu sobre o paraíso de Punta del Leste sem “um único negro”.
Tudo que for relevante chega rapidamente a você sem o preço brutal de acompanhar a Globonews e a CBN, a Jovem Pan ou a Veja.
Você terá um ano melhor sem a companhia de Ali Kamel e Bonner, Reinaldo Azevedo e Jabor, Sheherazade e Sardenberg, William Waack e Diego Mainardi, Lobão e Gentili, e assim por diante.
Experimente.
Sua vida ficará mais leve.
Feliz 2015 a todos.